Pode apenas ser um equivoco. Fruto de uma qualquer estrapolação sem sentido. Mas é que, tendo estado nos últimos dias a fazer uma incursão sobre sobre propostas, projectos ou ideias de autores nacionais dos últimos dez anos, fica a nítida sensação que há uma maior disponibilidade por parte dos arquitectos portugueses em ensaiar soluções - digamos - mais libertinas quando experimentam em contextos fora de Portugal.
Poder-se-ia concluir da existência de auto-censura, exercida de forma totalmente consciente, na formulação de projectos para concursos em Portugal; fenómeno esse explicável pela eventual descrença generalizada nos júris nacionais. O que ninguém vai pensando é que são esses mesmos júris que vão ajudando a escrever esta nossa mui conservadora história da arquitectura recente em Portugal.
Espera-se então, no mínimo, que esses autores que arriscam lá por fora mundos e fundos não se escapem ao exercício da coerencia, de cada vez que são chamados a assumir o papel de quem escolhe o futuro da nossa arquitectura.
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