Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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Ik zal handhaven

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de Bijenkorf, 1926, Den Haag; Pieter Kramer [via flickr]


Durante uns tempos achei que todos os lugares para ir às compras eram assim. Quer dizer: bastava sair de casa e atravessar o canal para o lado de lá. Caminhar rua abaixo, pelo jardim das embaixadas, e dar com o Bijenkorf, logo ali.
Ao domingo o Bijenkorf estava fechado. Preferíamos então sentar-nos naquela mesa grande, ao centro do Greve, a ler os jornais estrangeiros ou a ouvir as palavras dos outros. Neste caso o exercício tornava-se algo exótico, dado não percebermos nada de neerlandês; mas ainda assim o hábito não se perdia, até porque potenciava, em muito, a efabulação.

Bem sei que isto soa a saudosismo. Afinal não deixa de o ser.
Em estrita defesa cabe-me apenas ressalvar a crença na capacidade da memória selectiva.

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