Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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Brideshead revisited

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É de certo modo inconclusiva a razão para Evelyn Waugh conceder ao seu Capitão Charles Ryder a profissão de arquitecto, até porque as passagens do Reviver o Passado em Brideshead que deixam adivinhar a relevância dos edifícios são pautadas mais por esses gestos de reminiscência aristocrática ainda tão em voga pela burguesia do principio do século, do que propriamente pelo envolvimento da personagem no metier que Waugh lhe incute.
Ainda assim é de certo modo simbólico dotar Ryder dessa pretensa sensibilidade espacial, competência que eventualmente lhe facilitará esse exercício de memória a partir das paredes agora despidas, decadentes, de Brideshead.

Quer dizer: ser arquitecto amplia a possibilidade de ler, num edifício, a vontade que lhe deu origem. E também as pequenas coisas que lhe fizeram o seu quotidiano. Capacidade essa que, mais cedo ou mais tarde, nos vai tornar a todos seres saudosos por um passado impossivel ou, em alternativa, perigosos sanguinários capazes de demolir edifícios sob pretexto de querer deitar por terra as ideias que lhes são apensas.

3 comentários:

AM disse...

finalmente... coisas do meu tempo...
ah, os losangos... :)))

alma disse...

Os arquitectos são "personagens"... :)

jraulcaires disse...

O charles Ryder também pintava, as far as i remember... - coisa que não será dispicienda...

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