Sinal dos tempos: a academização da arquitectura tornou-se uma inevitabilidade.
Há, evidentemente, arquitectos a mais para tão poucas ambições arquitectónicas. Pelo que as gentes nela formadas terão, mais cedo ou mais tarde, de encontrar escapatórias se em prática quiserem pôr todo um saber acumulado por anos e anos passados entre mestrados e doutoramentos. Por isso os mais ambiciosos dedicar-se-ão, com afinco, à ensaística; que dessa forma se tornará num fenómeno em crescendo; conduzindo a um estado de esquizofrenia, por incapacidade de decisão acerca da importância relativa do objecto a estudar. Chegará assim o dia em que o número de estudos e a quantidade de investigadores ultrapassará o número de fenómenos e/ou objectos e/ou autores relevantes a estudar, relegando a academia para a ensaística das generalidades. Esquecendo-se porém que ela própria se torna inútil a partir do momento que de propõe enfrentar uma generalidade; ou não fosse isso uma clara contradição de termos.
Da ensaística generalizada
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2 comentários:
este teu desabafo recordou-me isto:
Numa sociedade rica (...) há (...) cada vez mais estudantes. Estes, para obterem os seus canudos, primeiro têm que fazer uma tese sobre um dado tema. E não é difícil arranjar um tema, porque basta glosar o que já foi dito. (...) A cultura está a desaparecer numa infinidade de produtos, numa avalanche de letras, na demência da quantidade.
(Milan Kundera, A Insustentável Levez do Ser)
no entanto, e no fundo da minha ingenuidade, continuo a acreditar que as oportunidades estao para quem as busca... em todos os campos e áreas de negócio!
o arquitecto-mágico-artista-que-nao-percebe-nem-quer-perceber-de-números-ou-de-negociaçao...já-era!
Nada como ir ao fundo da questão:
A demência está na existência de 35escolas de arquitectura em Portugal !
+ A insustentável leveza da maioria dos professores que comercializam a sua ingnorância!
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