Sem título (para a exposição Contemplating the Void, Guggenheim, NY), 2009, Alvaro Siza Vieira
É evidente que Siza repete o que sempre fez: reflectir arquitectura.
Se grande parte das suas obras se pode comparar àquelas salas de espelhos que existiam nas feiras populares, que nos alteram as proporções, e juntam coisas aparentemente sem nexo; desta vez, simplesmente, o acto é apenas um bocado mais literal.
ps 2. é de certa forma irritante que a maior parte das notícias sobre esta coisa do Guggenheim se esqueçam de Paulo David. Não é uma questão de justiça, mas apenas de rigor informativo.
4 comentários:
irrelevante
o siza tem espelhos melhores :)
(isto é coisa para artista não é coisa para arquitecto...)
belíssima imagem, pedro, essa a tua, sobre essa outra do siza, e dizê-lo como o artesão dos reflexos, com o que de acaso e inesperado um reflexo terá. tenho-o pensado mais como poeta, daqueles dos gregos, que se dedicavam a inventar com os nomes já todos, de todos comuns, novas maneiras de os dizer. e é nesse fazer que o siza, penso, verteu a história da arquitectura num lugar, de facto, de outras estórias novas dele. tornando a história a (uma das) matéria essencial da obra, este reflexo (simétrico?) é o paroxismo - irónico? - desse fazer.
Sim, seria rigor informativo, mas ninguém se lembra de dizer que o Madureira esteve na Bouça ou na Casa Lagartixa; que o Castanheira esteve na Galeria de Anyang, etc, etc...
Curiosamente no Pavilhão de Portugal - Expo Hannover 2000 todos sabem que se trata de Álvaro Siza Vieira com Eduardo Souto Moura.
Há colaborações e colaborações. Artistas e ajudantes.
Correcção:
Quanto ao projecto do Siza, pensei que era um projecto com a colaboração de Paulo David... Daí o comentário.
De todo o modo, e voltando de facto ao tema concreto, o Paulo David tem progressivamente sido lançado em revistas... Muitas! Não é propriamente um arquitecto esquecido. Mesmo internacionalmente.
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