Sendo evidente que a existência de mais de uma vintena de cursos de arquitectura é insustentável, dir-se-ia que quando meia duzia dessas novas escolas tiver a consciência da sua responsabilidade social, o excesso de arquitectos rapidamente deixará de ser um problema.
Na verdade o ensino da arquitectura passa sobretudo pelas possibilidades que nos são oferecidas.
Vem isto a propósito da revisitação a um ciclo de conferências que foi oferecido aos alunos da (tal) Escola do Porto, há já 20 anos. Lembro-me de lá estar, no auditório da Esbap, a ouvir o Moneo, o Frampton, o Secchi, e toda essa gente, com se isso fosse a coisa mais normal do mundo.
Little differences...
4 comentários:
ponham mas é a m**** dos vídeos no youtube, cara...go...
No dia dessa conferência estava também na cidade que já é uma incontrolabilidade do discurso arquitectónico latino-meridional: Porto. Mas numa inevitabilidade impossível de contornar, e talvez por isso incontornável, levou-me para uma latitude a Oeste da Esbap e para longe do discurso de Frampton : passei a tarde na areia da Foz ao som dos cabelos dela a roçarem nos meus dentes.
Não são pequenas diferenças as actuais. E por isso é preciso esclarecer 4 pontos; ao contrário os leitores deste post poderão incorrer no mesmo argumento, na minha perspectiva incorrecto...
1. Essas conferência não são oferecidas aos alunos da tal escola, mas sim ao público em geral.
2. São organizadas pela OASRN, e não pela FAUP... Têm sim o apoio desta, já que o espólio lhe pertence... E até serão exibidas no cinema Passos Manuel e não em instalações da Up.
3. A faup têm sempre uma alargada programação cultural (conferências e exposições), muito superior as restantes; obviamente não é suficiente, nunca o é... faltam professores convidados por exemplo, falta um museu, e até mesmo um canal/ site/arquivo com todas essas conferências, espólio, e produção literaria dos alunos e docentes - que deveria ser mais facilmente pesquisável.
4. Não se pode de modo algum descurar que passaram 20 anos! E em 20 anos a Arquitectura passou a ser moda e veículo de muitos outros vícios do Star system... Era incrivelmente mais fácil conseguir a presença de um destes arquitectos de topo há 20 anos atrás. Hoje em dia essa presença é um jogo partilhado por milhares de cursos, de alunos, empresas, organismos do planeta. Centenas de Universidades - dispostas a pagar... Mas mesmo assim o Porto continua a ser um polo de atracção bastante razoável. Para isso basta verificar a quantidade e qualidade das conferências realizadas na cidade nos últimos 10 anos .
preferia que o jorge figueira tivesse perdido mais tempo com o projecto para angra e menos com comissariado
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