Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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Alice no país das maravilhas

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Por falar nesse tema tão ao agrado dos arquitectos que é a cidade vista pelo cinema (seja o PlayTime, seja o Alice, seja o Sexo e a Cidade), recordo Dans La Ville Blanche (1983), de Alain Tanner.

Não é que tenha nada a acrescentar à já extensa teorética arquitectónica em volta dessa pequena maravilha cinematográfica.
Mas não resisto em recordar o sorriso fugaz da rapariga que se senta em frente à personagem interpretada por Bruno Ganz, no comboio que nos leva ao fim do filme.
Essa mesma rapariga que uns anos mais tarde irá produzir o delirante Coffee and Cigarettes, de Jim Jarmush e que, para além do mais, é filha de um homem cuja obra, mais cedo ou mais tarde, irá ser reconhecida por este pequeno meio a que vulgarmente chamamos de arquitectura portuguesa contemporânea.

Assim espero. Pelo menos.

4 comentários:

Mário Duarte disse...

Acrescento um nome, Joana Vicente. E mais não digo...

Pedro Machado Costa disse...

Não fosse o caso da incerteza de sabermos da existência da Joana Vicente, nesse altura em que o Mário nos acompanhou (outra incerteza) na sessão d'A Cidade Branca, há muito (mesmo muito) tempo, algures no Porto (outra incerteza ainda); diria que o extremo grau de precisão da resposta do Mário corresponde, simplesmente, à admiração que temos ambos (agora sim: uma incerteza com i grande) pelo Vicente.
Certo certo é saber que o Mário gosta do Alain Tanner, do Bruno Ganz, nos filmes do Alain Tanner e do Wim Wenders, nos desenhos do Bilal (pelo menos gostava, há muito muito tempo) e de Lisboa. Pelo menos quando ela é branca.

Mário Duarte disse...

Resposta pouco esclarecedora pois eu próprio partilho das (muitas) incertezas. Mesmo assim:
Certeza de que gostei do filme, incerteza sobre a minha opinião se o visse hoje.
Certeza de que gosto de Lisboa, embora a visite poucas vezes, o que me leva à incerteza se uma coisa explica a outra.
Certeza que nunca disse que gostava do Tanner, que é difícil não gostar do Ganz e sim, tem um óptimo papel (mesmo) na "Feira dos Imortais".
Quanto ao progenitor da Joana, estou a contar com "As Catedrais" para que as incertezas se tornem em (mais) certezas.

Pedro Machado Costa disse...

Por causa das tuas incertezas fiu á procura d'A Cidade Branca. E confirmo-as, ás incertezas.
Quanto ao progenitor, espero pode convencer-te. Sobretudo de (tudo) aquilo que (ainda) não me convence.

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