Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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O dia d'hoje

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Já sei. Qual é a diferença entre nós e os outros todos. Esses outros todos. Os que se põem para aí a pintar, ou a escrever, ou a dançar, ou a musicar, cenografar, ou a coreografar.
É que, a eles, ninguém lhes pede que comecem. Pelo contrário: nós não começamos nada sem que nos peçam.
No entanto, nem tanto no começar reside o maior problema. Entenda-se. E aí estamos em vantagem. Sobre esses outros todos. Os que se põem para aí a pintar, ou a escrever, ou a dançar, ou a musicar, cenografar, ou a coreografar: enquanto esses outros todos batem com a cabeça nas paredes mil vezes antes de perceberem que a coisa já está pronta, a nós basta-nos seguir o calendário.

Por vezes esquecemos o calendário. É certo.
E não há nada como um simples telefonema para nos lembrar que dia é o dia d'hoje.

Dias como o d'hoje, haverá muitos. Aqui ou noutro lado qualquer. Toda a gente sabe disso.

4 comentários:

AM disse...

nós, os arquitectos (esta "entrada" tem qualquer coisa de "majestoso"...), começamos muitas coisas sem que nos peçam

Pedro Machado Costa disse...

Sim?

AM disse...

sim
ninguém pediu aos "modernos" da geração heróica para fazerem aquelas "experiências" com as casas das pessoas "normais" nem ninguém pediu ao Bob e à Denise para abalarem para Las Vegas e mudarem (outra vez) o "rumo" da "disciplina"
ninguém pediu aos do renascimento para se porem com desenhos de villas perfeitas nem aos da pré-história para riscarem na pedra...

Pedro Machado Costa disse...

ah...era só isso. Pensava que me ias lembrar de coisas importantes.

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