E no entanto, nessa prática, reside de facto um problema, que se deve à aparente impossibilidade de se negar a procura do desejo.
Diga-se o que se disser: se as práticas artísticas se libertassem dessa inesgotável demanda do desejo, talvez fosse possível exercitar, com toda a lucidez, essa reflexão que tanto parece confundir aquela teoria que se diz - erradamente, já se vê - autónoma.
Face a isso, admito de facto a confusão: a ambição, desmesurada, em prol do desejo, implica a redução da capacidade de se ser lúcido. E no entanto é o potencial desse fenómeno que tem vindo a alimentar os melhores momentos da história da arquitectura. Pelo menos daquela que me consigo ir lembrando.
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