Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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Princípios de Novembro

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Museu do Vinho, Pico, 1999, Paulo Gouveia

Nunca tive propriamente oportunidade de me cruzar com Paulo Gouveia. De lhe falar. Ou de lhe tentar dizer o como admirava as obras que lhe conheço. Se até agora isso era apenas uma condição, a partir de hoje a situação tornou-se irreversível. Facto que é demais lamentável.

Novembro não começa bem.

(ps: para o mensageiro, dir-se-ia não haver palavras para evitar o inevitável. Sad news indeed)

4 comentários:

Rosália disse...

Lindo!O Outono é nostálgico. E lembrei-me agora de um trecho de F. Pessoa que reli há dias. Para quem gosta: "Todos os movimentos da sensibilidade, por agradáveis que sejam, são sempre interrupções de um estado, que não sei em que consiste, que é a vida íntima dessa própria sensibilidade. Não só as grandes preocupações, que nos distraem de nós, mas até as pequenas arrelias, perturbam uma quietação a que todos, sem saber aspiramos.
Vivemos quase sempre fora de nós, e a mesma vida é uma perpétua dispersão. Porém, é para nós que tendemos, como para um centro em torno do qual fazemos, como os planetas, elipses absurdas e distantes." (Bernardo Soares, Livro do Desassossego)

alma disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
alma disse...

Pedro,
Também nunca me cruzei com o Paulo Gouveia , mas não esqueço a minha visita a este miradouro fantástico que a foto ilustra bem :)
Ao procurar mais informação no google li este Post do nosso amigo sempre atento AM do ODP (odesproposito)
escrito numa
Segunda-feira, Janeiro 02, 2006

Paulo Gouveia
(Foto)
Museu do Vinho, Museu dos baleeiros, Casa de Sintra, e uma recordação (pouco precisa) de um artigo (antigo) no Expresso sobre uma obra premiada pelo Recria, na Ajuda (?), em Lisboa... é muito pouco o que conheço, o que se conhece deste Arquitecto, penso que esteve representado na exposição da Europália, e de vez em quando lá se dá por ele, sempre por bons motivos. E no entanto, se tivesse de arriscar uma lista, com os Arquitectos Portugueses, no activo, que importa acompanhar, ele lá estaria. Num tempo, em que não há paspalho que não tenha direito a uma monografia, não encontro nenhuma publicação sobre Paulo Gouveia. Não lhe conheço Site. A pesquisa (também) por imagens, pouco acresce. E no entanto...

Ana Lemos disse...

Pedro,
Lembro-me bem do Paulo Gouveia nos corredores do Colégio Espírito Santo em Évora. E das suas aulas. Por vezes abstraía-se da sala de aula, e, virado para o quadro esboçava umas ideias pendentes. Sempre o pensamos pouco envolvido com as aulas, mas na realidade penso que esperava que um aluno o surpreendesse com alguma fórmula trigonométrica, um apontamento criativo, um excelente corte, uma “estória” sobre um momento artístico da cultura humana. No fim, rematava sempre com a frase e sotaque que a tanto nos habituou, que são agora a perpétua sentença da sua memória: "o que interessa é projectar!"

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