Um equívoco. Admito. Mas para mim a obra de Mangado fazia parte daquele grupo de projectos onde incluo, entre outros, (edifícios de) autores como Moneo ou Byrne. Não é que este grupo qualifique algo. Não se trata sequer de um medidor que possibilite equiparências. Não. É antes uma daquelas arrumações mentais, sempre levianas mas ainda assim confortáveis, que nos permitem engavetar modos ou sensibilidades.
Neste caso Mangado lá ia ficando esquecido nesse tal armário dos tipos que fazem coisas grandes, amorfas, arrastadas, menos elegantes, garantindo no entanto um ar qualquer, uma parecença - nebulosa, já se vê - com alguma coisa. Se necessário fosse ilustrar, assim de repente, aquilo que o define, ao grupo, talvez pudéssemos relembrar a embaraçosa Faculdade de Informática e Electrotécnia da Universidade de Coimbra, com suas longínquas e ingénuas citações a obras de outra craveira. Mas isso seria algo injusto, até porque a maior parte das obras ou dos autores que cabem nesse armário são competentes.
Bom: tudo isto estaria pacificamente catalogado nesta minha estante preconceituosa, não fosse Mangado dar a volta ao texto, e andar para aí a mostrar (belas) imagens do Museu de Arqueologia de Alava.
Chama-se a isto engolir sapos. E não é que os sapos afinal não sabem assim tão mal?
3 comentários:
que maldade... comparar o moneo ao byrne...
(não sabia quem era o magano - que ele o que há mais é arquitectos... - e tb não fiquei mt interessado em descobrir...)
Como disse: um armário que não permite comparações. Em relação ao Museu: aparentemente estamos perante algo excepcional na obra de Mangado. E não só.
Realmente é uma maldade fazer uma comparaçao entre o Moneo e o Byrne... francamente!!
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