Teatro del Mondo, 1979, Aldo Rossi
Ia para dizer que desde 1986 - o último ano em que Rossi coordenou Veneza - não se via nada assim: entregar da Biennale a um arquitecto. Ia dizer, mas não digo. Até porque, ou muito me engano ou o lugar ocupado por Rossi se deveu, na altura, muito mais ao que ele dizia (escrevia), do que àquilo que fazia; mesmo que fosse mais ou menos nessa época (mais precisamente em '79) que Rossi tivesse construído a sua obra maior. O mesmo aconteceu com Gregotti,e também, de uma outra forma, com Portoghesi - e deixo propositadamente Fuksas de fora. Parece que Veneza esteve sempre mais interessada na moldura do que no quadro. Quer dizer: na escolha dos quadros pelas molduras disponíveis lá por casa.
Nesse sentido, dir-se-ia: temos uma estreia absoluta: um arquitecto que não escreve. Daqueles que fazem casas e tudo. A ver.
ps. Para regozijo de quem cultiva distinções de géneros: uma dupla estreia, já se vê.
5 comentários:
:))))
uma boa moldura pode fazer a diferença ...
O Rossi só com "o picolo teatro del mondo" merece o lugar entre os 1ºs
*by the way não sou Rossiniana :) mas sim uma Venturiana :))))
ufa! finalmente uma Mulher que faz e que sabe o que faz :)
É preciso falar de mulheres para as mulheres começarem a falar. Isto vai bem, sim Senhor. Senhora.
Você gosta de provocar, especialmente cisões a frio...
onde não haveria espaço de separação.
...regozijo, apenas cínico, já que a total ausência de reflexão crítica que se anuncia é deveras assustadora...
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