Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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Entretanto, por terras do Mandarim

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Enquanto todos os países vão anunciando, aqui e ali, as formas dos pavilhões que irão construir em Shanghai, o estado, decidido, declara a representação oficial portuguesa na Expo 2010 uma prioridade.
Para assumir os respectivos trabalhos de preparação da embaixada nacional a Shanghai o governo nomeia o Doutor (e Arq.º) Rolando Borges Martins, que tinha sido já Comissário-Geral do Pavilhão Português em Saragoça, em 2008.

Entretanto a Parque-Expo, por mão do seu Administrador Rolando Borges Martins, celebra acordo de cooperação com a Ordem dos Arquitectos (cujo conselho fiscal é curiosamente presidido por Rolando Borges Martins) prevendo a promoção do recurso à encomenda pública de projectos, privilegiando os concursos de arquitectura; o que poderá (eventualmente) ser sinónimo do lançamento, em breve, do concurso aberto para o projecto de um pavilhão nacional numa Expo.

A confirmar-se, o facto seria uma boa notícia; tendo em conta que já passaram quase duas décadas desde que o último concurso público para um pavilhão foi lançado (para a Expo'92, em Sevilha, com projecto da dupla Manuel Graça Dias e Égas José Vieira) e que, desde então, a coisa já bateu no fundo.

Bom: na verdade isto que acabei de escrever são tudo desculpas para adiar o inadiável: o q'eu queria falar mesmo era do outro projecto português para a Expo Shanghai (comissários: a vossa especial atenção) que sem dúvida marcará decisivamente o evento: o Coelho!
















Expo Shanghai 2010: Pavilhão de Macau, Carlos Marreiros.

Queria falar mesmo disto.
Mas, admito, nada me ocorre por ora.

É que estou; como dizer: sem palavras.

8 comentários:

simoes disse...

Porquê um coelho?...:)

AM disse...

eu gosto mesmo é de pintura
especialmente daquele da paula rego: salazar a vomitar a pátria

quanto ao coelho... nada melhor, depois de um cavalo de tróia e de um pato de las vegas, que apostar num coelho... :)

(há mais dados sobre o arquitecto e/ou sobre o proj.?)

AM disse...

já vi o link para a firma do marreiros mas aquilo não mexe nem com banda larga
se souberes mais coisas, conta

AM disse...

ou será que preferes o bob (the lost dog) !?... :)))))

http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/5046/bob-the-lost-dog-building-for-shanghai-2010-by-aurele.html

AM disse...

sobre o (in) desejado concurso... como falta pouco tempo e é "prioritário", o melhor é desistirem da ideia...

Pedro Jordão disse...

Como me ocorrem demasiadas palavras para falar do coelho, fico-me pela lembrança de um pormenor que quase sempre falta quando se fala nos atropelamentos constantes dos concursos, muitas vezes com a cumplicidade da nossa Ordem: é que a indecência não está apenas nos projectos atribuídos sem concurso, mas na desproporção gritante entre concursos abertos a todos e concursos por convite (e esses não faltam, só não são publicitados).

Pedro Machado Costa disse...

AM: O Carlos Marreiros, julgo que cheguei a cruzar-me com ele em Macau. Não me recordo propriamente da obra de Marreiros, com excepção dum quartel de bombeiros lá para as ilhas projectado por ele, muito ao tom do que eram as revistas da altura (tenho concerteza uns slides guardados nas minhas caixas de sapatos, mas só por milagre é que os consigo encontrar) que achava curioso; e lembro-me de ir nadar, aos sábados ao fim da tarde, numas piscinas, na Taipa, desenhadas por ele, que até eram bastante simpáticas (o clima ajudava, vá lá).

Jordão: em relação ao teu comentário digo-te que discordo (não em totalidade, mas em grande parte) da posição por ti expressa. E acho que isso merece um post. Breve, para não arrefecer. Até lá.

jesus disse...

Vá lá, um coelho! Poderia ter sido o galo de Barcelos!! eheh

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