Quando as Catedrais eram Brancas, notas breves sobre arquitectura e outras banalidades, por Pedro Machado Costa

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Hertzberger

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O Hertzberger era mais pequeno do que as fotografias fariam supor. Fazia lembrar aquele jogador da NBA, dos tempos em que eu via a NBA em miúdo: pequenino. Um que jogava nos Chicago Bulls na altura do Jordan. Vocês sabem: no tempo em que os Celtics só tinham jogadores brancos. Um baixinho, com um nome que agora não me lembro.

O Hertberger era assim: pequeno. Mais pequeno parecia quando ficava rodeado de tipos altos pouco habituados a olhar para baixo; como no basket. E, como o tipo baixinho dos Chicago Bulls, era elegante quando passava, com toda a facilidade, à frente dos nossos olhos, como se tudo fosse a coisa mais normal do mundo. Como se a arquitectura fosse fácil de entender. De explicar e de fazer.
Encestava sempre. E ria baixinho antes de usar a mão esquerda para abotoar o botão de baixo do seu casaco castanho escuro.
Depois, no fim, rodava sobre os próprios calcanhares e desaparecia pelo corredor adentro, como nada de especial se tivesse passado.

3 comentários:

alma disse...

LOL, bem me parecia que o Pedro foi jogador do baloncesto :))))

Pedro Machado Costa disse...

Por acaso nem por isso. Digamos que o desporto foi sendo sendo mitigado por outros ensejos.
Na verdade a única coisa que ainda poderá salvar o curriculum desportista são os anos de vaurien: embora sempre à proa (que havia quem se achasse, como o capitão iglo, mais dono do barco, e ainda por cima com manias de saber bolinar), a coisa nunca se terá revelado demasiado impeditiva de fumar, a não ser talvez um ou outro respingo d'água.

Por outro lado há verdadeiras glórias no tabuleiro de xadrez: embora jogasse dopado, e contra pessoas com metade do meu tamanho, qu'eu não gosto de me magoar.

alma disse...

:)OKIE :)

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